Alta Montanha para BRASILEIROS!
Alta Montanha e a pratica do montanhismo no Brasil tem atraído cada vez mais pessoas, isto é sinal POSITIVO. Porém, tem crescido de maneira desordenada, com falta de preparo das pessoas, sobre o aspecto físico (má preparação), mental (sem condicionamento psicológico), estrutural (Despreparo e má escolha de equipamentos) e educação (educação e bons hábitos na Montanha). Este Indicativo mostra a baixa cultura da atividade do montanhismo no Brasil, assim o sinal é NEGATIVO!
Quais as falhas numa preparação sem experiência?
Antes de escolher uma montanha ou destino… Se auto-avalie, conheça seu perfil!
Não faça como a maioria das pessoas, não copie projetos dos outros, nem bata recordes para os outros. Seja reconhecido, pelos seus recordes, ou seja pra você. Não viva o egocentrismo, seja humilde com a montanha, respeite-a. Jamais esqueça, quem comanda não é você, o resultado final é da montanha. Uma expedição só acaba quando chegamos em casa e em excelentes condições.
Dois (2) erros clássicos, cometidos por Brasileiros ao iniciar em Alta Montanha
1 – Ir pela primeira vez para alta montanha e subir um 6 mil, como por exemplo Huayna Potosi, que está na moda no Brasil, sem nunca ter experimentado, montanhas, entre 4 e 5 mil.
2 – Outro erro comum, realizam uma travessia no Brasil, como Serra Fina ou Serra dos Órgãos, como treinamento, e já se acham preparados para subir o Aconcágua ou Ojos del Salado, montanhas de quase 7mil. Sem nunca ter quebrado a altura de 6 mil metros de altitude.
Ambas as situação, são incoerentes numa preparação para iniciar em alta montanha e podem ter consequências serias, como Mal de Altitude. É como se fosse, levar um soco no rosto! A chance de dar errado é gigante, pode dar certo, mas esteja ciente, que vira loteria!
Mal de Altitude
O mal agudo de montanha (MAM), conhecido como mal de altitude, soroche, apunamiento ou puna, é a falta de oxigênio adequado ao processo de adaptação em altitude.
A gravidade está relacionada diretamente com a velocidade imposta na variação de altitude, numa ascensão. Ao contrario, quando descemos, os sintomas desaparecem. Ocorre normalmente a partir dos 3 mil, mas pode ser sentido aos 2.500 metros de altitude.
A pressão atmosférica diminui com a altitude, o que afeta falta de oxigênio no organismo, podendo causar lesões cerebrais e pulmonares quando não aclimatado adequadamente.
Iniciar em Alta Montanha exige força de vontade, lidar com variáveis não controláveis, como o clima.
Você pode planejar tudo, mas na expedição, tudo pode mudar.
Sempre monte um plano A, B e C.
Você não se preparar adequadamente é entregar o seu investimento de graça ao vento!
Fundamental você se conhecer, ter experimentado um processo de aclimatação, conhecer o tipo de terreno que vai enfrentar, além de ter os equipamentos adequados.
Se você não tem autonomia na montanha, busque excelentes profissionais, que comprovadamente tem experiencias em Alta Montanha.
Aventurar-se significa acima de tudo, aceitar nossos processos de mudança de maneira consciente.
Sempre digo para as pessoas que participam de expedições de media e alta montanha:
“Numa expedição de montanha, consideramos sempre variáveis, entre elas as que não controlamos, como o clima a ser encontrado. Outra parte vai depender de 15% por cento da nossa condição física; outros 15% por cento é a nossa adaptação à altitude, e 70% por cento de nossa cabeça, nosso condicionamento psicológico”.
Montanhista Freddy Duclerc
Freddy Duclerc tem 25 anos de montanhismo, nascido em Santiago (Chile) é especialista em Expedições de longo alcance e escaladas em montanhas nevadas e a mais de 20 anos se dedica a Viagens Experienciais de Aventura na Natureza, liderando grupos em Trekkings/Travessias e Ascensões em Alta Montanha na América do Sul. Possui cumes representativos como Aconcágua 6962m (Argentina), Ojos del Salado 6893m (Chile), Huascaran 6768m (Peru), Tocllaraju 6034m (Peru), Ishinca 5530m (Ishinca), Urus 5497m (Peru), Pisco 5750m (Peru), Chipicalqui 6354m (Peru), Diablo Mudo 5450m (Peru), Cerro Plata 5968m (Argentina), San Valentin 3910m (Chile), Huayna Potosi 6088m (Bolivia), Marmolejo 6108m (Chile), El Plomo 5450m (Chile), Tupungato 6570m (Chile), entre outros. Também vulcões sempre foi uma paixão, com cumes como; Ojos del Salado 6893m (Chile), San Jose 5856m (Chile), Osorno 2652m (Chile), Licancabur 5.916m (Chile), Cotopaxi 5897m (Equador), Chimborazo 6.267m (Equador), entre outros. Trekkings e Travessias: Torres del Paine 360º (Patagônia Chile), Gelo Continental Patagônico (Patagônia Argentina/Chile), Los Glaciares Explorer (Patagônia Argentina), Transandina Lagos Andinos (Chile/Argentina), Ruta de Los Volcanes (Chile/Argentina), Dientes de Navarino (Cabo Horns Chile), Cerro Castillo (Chile), Bariloche Mountains (Argentina), Cordilheira Apollobama (Bolívia), Cordilheira Blanca (Peru), Cordilheira Huayhuash (Peru), Serra Fina (Brasil), Serra Dos Órgãos (Brasil), Marins x Itaguaré (Brasil), Ilha Grande (Brasil), Serra do Papagaio (Brasil), Ponta da Joatinga (Brasil), entre outros.
Saiba mais: Perfil Freddy Duclerc